CALDEIRADA… AH, QUE DELÍCIA!

Cozinhar é um grande gesto de amor. Cada pitada emite um raiozinho de nossa essência para o alimento. A delicadeza do azeite escorrendo, o delírio do ardor da pimenta, o perfume dos temperos verdes… tudo se mistura aos desejos da alma e à satisfação do corpo…

Temperos na panela

O fim de semana foi assim. Resolvemos fazer uma apetitosa Caldeirada de Tucunaré!

Molho na panela

Esse peixe amazônico é uma das oitavas maravilhas da gastronomia. Podem crer! E essa caldeirada é de comer de joelhos… hehehe…

Tempero na panela 2

1 e 1/2 kg de tucunaré cortado em postas, sal e limão a gosto para temperá-lo. Deixar marinando umas duas horas.
Enquanto isso, cortar em rodelas 4 tomates grandes e maduros (tirando o centro), 3 cebolas grandes e 3 pimentões médios. Picar 3 maços de coentro e 1 de cebolinha. Pôr 8 batatas grandes para cozinhar à parte, escorrendo-as depois.

Peixe na panela

Regar o fundo de uma panela alta com azeite de oliva. Dispor os tomates, cebolas e pimentões. Salgar. Quando começarem a cozinhar, jogar metade dos coentros e cebolinha. Deixar cozinhar mais. Quando o refogado estiver bem bonito, pôr umas 3 colheres (sopa) de molho de tomate (comprado pronto ou feito no liquidificador com tomates maduros frescos, salsa e noz moscada). Mexer um pouco e pôr 1/2 litro de água. Quando começar a ferver, provar o sal, pôr mais molho de tomate e mais 1/2 litro de água. Quando começar a ferver, colocar as postas de tucunaré, uma a uma, e após, o restante dos coentros e cebolinha. Quando ferver, adicionar as batatas e deixar cozinhar mais uns 5 minutos.

Batatas na Panela

O provador foi o meu incrível sobrinho Luis Eduardo: “Perfeito!”.
Acho que exagerou. Afinal, ele tem um bom humor inigualável.

De qualquer maneira, mais tarde, nem conseguíamos falar.
Só ríamos: cada um comeu pelo menos dois pratões. Com bastante farinha e pimenta curtida, afff.

Prato sem farinha

Bem, o peixe veio mesmo da maravilhosa Amazônia.

E a farinha – amarela, crocante e nº 4 – veio da banca do amigo Clésio (qualquer dia, conto quem ele é).

Sabe? Farinha fininha não tem graça nenhuma.

É como a vida: tem que ter gosto, consistência, diversão e boa energia, né?

Prato com farinha

12 comentários sobre “CALDEIRADA… AH, QUE DELÍCIA!

  1. Olha fiquei daqui babando. Já ouvi sobre o tucunaré e falam que é saboroso. Amo peixes e frutos do mar. Quanto a farinha amarela eu já a vi em mercadões, mas nunca comprei com receio de ser indigesta, já que dizem sobre fazerem farinha com o aipim venenoso. Ignorância é fogo, mas aos poucos vou aprendendo que farinha amarela nada tem de venenosa nem indigesta. Difícil será arrumar o tucunaré aqui por essas bandas. Delicia de receita, obrigado. 🙂

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  2. Bem, tucunaré tem na Amazônia inteira. Também achava na Feira do Guará, em Brasília, quando morei lá. Hoje há em outros lugares, mas, geralmente, são de criadouro e têm muita gordura. Mas você pode fazer com outro peixe, mesmo de mar, desde que seja bom para cortar em postas, não ficando molenga. Já fiz com robalo grande. Nesse dia pus também camarões e ficou uma delícia também.
    Quanto à farinha…hehehe…. farinha pesa mesmo no estomago. Aipim é uma raiz bem forte, nos dá chão e segurança. Como adoro, costumo sempre comê-la com coisas mais leves, como a caldeirada. Geralmente, nesses dias, só tomo sopa ou chá mais tarde. “Venenoso” acho que é exagero… Bom abraço pra vc!

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